Certificados A1 e A3 desempenham uma função imprescindível na segurança digital e autenticidade de processos eletrônicos. Eles atuam como identidades virtuais que podem simplificar e proteger diversas operações no dia a dia profissional.
Seja você um produtor rural, um contador ou um fornecedor de serviços, entender as diferenças entre essas duas modalidades de certificação é essencial.
Este artigo proporcionará um claro entendimento de como cada certificado funciona e destacará como eles podem ser integrados à sua rotina, otimizando sua produtividade e garantindo segurança nas transações on-line.
Boa leitura!
Certificados A1 e A3: o que são?
Abaixo, você pode conferir a definição e o modo de funcionamento de cada um desses certificados. Veja:
Certificado A1
O certificado A1 é uma forma de certificado digital que fica armazenado diretamente no computador ou no dispositivo móvel do usuário.
Como funciona o certificado A1?
O acesso ao A1 é feito por meio de um software fornecido pela certificadora que permite que o usuário assine digitalmente documentos e realize outras transações seguras sem a necessidade de um dispositivo externo.
A simplicidade na gestão do A1 também facilita a integração com sistemas empresariais, como softwares de gestão e plataformas de emissão de notas fiscais.
Certificado A3
O A3 também é um certificado digital, mas armazenado em um token criptografado ou cartão inteligente.
Como funciona o certificado A3?
Já o acesso ao A3 é feito por meio de um PIN (Número de Identificação Pessoal), que autentica o usuário.
Devido ao armazenamento em dispositivo físico, sua utilização depende da presença do token ou do cartão sempre que for necessário assinar um documento, ou realizar uma transação que exija a certificação digital.
Essa abordagem resguarda o uso do certificado em caso de roubo ou comprometimento do computador, já que, sem o dispositivo físico, não é possível acessar o certificado.
Diferenças entre Certificados A1 e A3
Os certificados A1 e A3, como explicamos, são utilizados para assegurar a identidade digital de um usuário ou empresa, mas divergem em alguns aspectos-chave, como formato, validade, armazenamento e aplicações em diferentes contextos.
Entenda melhor as diferenças:
Formato
O formato do certificado A1 é digital, além de ser instalado e armazenado no computador ou dispositivo móvel do usuário.
Já o certificado A3 requer um hardware específico, sendo armazenado fisicamente em um token USB criptografado ou um cartão inteligente, que deverá ser conectado ao dispositivo sempre que necessário.
Validade do certificado
Essa é outra diferença entre os Certificados A1 e A3. O primeiro possui uma validade de um ano, ou seja, ele exige renovações mais frequentes. O A3, em contraponto, pode possuir um período de validade mais extenso, que pode chegar até cinco anos.
Armazenamento
O A1 é armazenado no próprio computador ou dispositivo que realiza a operação, o que permite um acesso rápido e fácil. Já o A3 é armazenado externamente e protegido por PIN, ou seja, é necessário o uso do token ou do cartão para cada operação — isso adiciona uma camada extra de segurança.
Qual certificado é melhor: A1 ou A3?
A escolha entre o certificado A1 ou A3 não envolve necessariamente uma questão de qual é melhor, mas, sim, de qual atende melhor às necessidades do usuário ou da organização.
Resumidamente, você precisa analisar se, em determinado momento, necessita de um processo mais rápido ou que ofereça um grau a mais de segurança (o que pode levar um pouco mais de tempo).
Como escolher um certificado digital?
Escolher um certificado digital envolve avaliar alguns critérios essenciais, como:
Objetivo do certificado
Primeiramente, defina o uso principal do certificado: se é para emissão de notas fiscais, assinatura de documentos rotineiramente, transações financeiras, participação em leilões, entre outros.
Mobilidade e frequência de uso
Avalie a necessidade de mobilidade; se precisará assinar documentos de diferentes locais, talvez, a opção A3 seja mais segura. Considere, também, a frequência de uso e a conveniência; se for usar o certificado diariamente, um A1 pode poupar tempo.
Validade
A validade é outro critério importante; pense sobre se prefere renovar anualmente (A1) ou optar por uma solução com duração mais prolongada (A3).
Avalie a reputação do emissor
Finalmente, pesquise a reputação e a confiabilidade da Autoridade Certificadora (AC) antes da aquisição. Confiabilidade, suporte técnico e compatibilidade com sistemas variados são aspectos a serem ponderados para a escolha atender satisfatoriamente às suas necessidades.
Quando usar um certificado digital?
Separamos alguns exemplos de situações que podem exigir o uso dos Certificados A1 e A3:
1. emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) — para documentar a venda de produtos agrícolas e serviços, a emissão de NF-e é obrigatória e deve ser assinada digitalmente;
2. declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) — usar o certificado para enviar a declaração à Receita Federal de maneira segura e ágil;
3. Cadastro Ambiental Rural (CAR) — se for necessário se inscrever ou atualizar o CAR, o certificado digital pode ser necessário para a assinatura dos documentos de forma eletrônica;
4. contratos e documentos bancários — para assinar contratos de financiamento, seguro agrícola ou acessar serviços bancários que exijam autenticação segura on-line;
5. participação em leilões — para garantir a autenticidade e a segurança ao participar de leilões eletrônicos, seja para vender ou adquirir insumos e equipamentos;
6. comércio eletrônico — ao utilizar plataformas de venda on-line, o produtor pode assinar e validar digitalmente transações comerciais e contratos de forma confiável;
7. acesso a sistemas governamentais — utilização de sistemas, como o eSocial, Conectividade Social ICP e outros relacionados aos dados de trabalhadores rurais.
Como transformar certificado A1 em A3?
Não é possível transformar diretamente um certificado digital A1 em A3, pois são tecnologias de armazenamento e operação diferentes. Para mudar de A1 para A3, é necessário adquirir um novo certificado com uma Autoridade Certificadora credenciada e optar pelo tipo A3 durante o processo de aquisição.
Para emitir um certificado A1 ou A3, siga as seguintes etapas:
1. escolha uma Autoridade Certificadora (AC) habilitada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil);
2. realize a compra do certificado desejado (A1 ou A3) no site da AC escolhida;
3. após a compra, você precisará passar por um processo de validação, que inclui a verificação de documentos e identidade.
– Para pessoa física, normalmente, são requeridos RG, CPF, comprovante de residência, e, às vezes, título de eleitor e PIS/PASEP.
– Para pessoa jurídica, são solicitados documentos da empresa, como CNPJ, contrato social ou estatuto, e documentos do representante legal.
4. finalizado o processo de validação, para o A1, você receberá um link para baixar o certificado para seu computador. Já para o A3, você deverá agendar um horário para retirar o token ou cartão em uma das agências da AC, ou aguardar seu envio pelo correio;
5. para o A3, durante a retirada do token ou cartão, serão configurados e habilitados com o auxílio de um profissional da AC;
6. instale o certificado no dispositivo de destino (computador para A1, token ou cartão para A3) e configure conforme as instruções fornecidas.
Como emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) com certificado digital A1:
1. tenha um software emissor de notas fiscais eletrônicas (NF-e) compatível com certificados digitais;
2. instale o certificado A1 em seu computador. Normalmente, isso envolve a execução do arquivo baixado da Autoridade Certificadora e o seguimento das instruções de instalação;
3. configure sua empresa e os dados fiscais no software emissor, incluindo o certificado digital A1;
4. preencha os dados da NF-e no software, como dados do destinatário, produtos/serviços vendidos, quantidades, valores, impostos e outras informações fiscais necessárias;
5. gere a NF-e utilizando o software, que irá automaticamente assinar a nota digitalmente com o certificado A1;
6. transmita a NF-e assinada para os servidores da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do seu estado;
7. aguarde a autorização da Sefaz. Após ser autorizada, a nota fiscal pode ser impressa ou encaminhada eletronicamente para o destinatário.
Como emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) com certificado A3:
1. assegure-se de que você tem um emissor de NF-e que suporte o A3 e que o driver do token ou leitor de cartões esteja instalado em seu computador;
2. insira o token ou conecte o cartão ao seu computador;
3. abra o software emissor de NF-e e selecione o certificado A3 na configuração do programa, quando solicitado;
4. assim como com o A1, preencha as informações referentes à venda, incluindo dados do comprador, produtos ou serviços, e detalhes fiscais;
5. ao gerar a NF-e, o software pedirá o PIN do certificado A3 para prosseguir com a assinatura digital;
6. uma vez assinada, envie a NF-e para análise da Sefaz através do software emissor;
7. receba a autorização da Sefaz, imprima ou envie eletronicamente a NF-e para o cliente.
Em todas as etapas, é essencial manter o software atualizado e seguir as normativas da legislação fiscal vigente em sua localidade.
Conheça o software da Sygma Sistemas para você realizar a emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
Além de saber do que se tratam e como funcionam os Certificados A1 e A3, é extremamente importante ter, à sua disposição, um software que facilite a emissão, armazenamento e envio de NF-e(s).
Muitas empresas utilizam plataformas de envio de notas gratuito, mas essa alternativa não oferece suporte aos emissores. Diante disso, o melhor mesmo é usar o emissor desenvolvido pela Sygma Sistemas.
A tecnologia é rápida e extremamente simples de usar, e, ainda que surja qualquer dúvida, é possível contar com suporte 24 horas por dia para te ensinar a fazer o processo de emissão de notas fiscais.
Fora isso, o software da Sygma Sistemas proporciona outros benefícios, bem como:
- integração com os serviços contábeis;
- treinamento para uso da plataforma (disponível 24 horas por dia);
- cálculo de impostos feito de modo automático;
- emissão (sem limites) de NF-e e outras notas fiscais;
- envio automático de NF-e feito por e-mail;
- possibilidade de importar os dados de uma NF-e ou CT-e;
- dentre outros.